Brasil: que futuro?

Logo após a vitória de Bolsonaro, multiplicaram os ataques violentos que vinham a acontecer durante toda a campanha eleitoral – a maior parte deles, contra apoiantes de Haddad, opositores a Bolsonaro, ou pessoas LGBT.

Uma das vítimas foi o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, assassinado na madrugada seguinte às eleições, com 12 facadas, em Salvador, na Bahia, depois de uma discussão política em que afirmou ter votado no PT. O autor do crime foi já detido.

Nessa mesma noite, uma jovem de 19 anos foi esfaqueada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por vestir uma camisola onde estava escrito #ELENÃO e usar uma mochila com um autocolante LGBTI. Os atacantes desenharam um símbolo semelhante a uma suástica [o desenho estava ao contrário] na sua barriga.

Os incidentes não são únicos. A Agência Pública, em parceria com a Open Knowledge Brasil, investigou dezenas de ataques ocorridos desde o dia 30 de setembro, e concluiu que a contagem vai em pelo menos 70, sendo que 50 deles foram feitos por assumidos apoiantes do candidato do PSL (…).

Ricardo Esteves Ribeiro, in Fumaça.