Brasil: que futuro?

Logo após a vitória de Bolsonaro, multiplicaram os ataques violentos que vinham a acontecer durante toda a campanha eleitoral – a maior parte deles, contra apoiantes de Haddad, opositores a Bolsonaro, ou pessoas LGBT.

Uma das vítimas foi o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, assassinado na madrugada seguinte às eleições, com 12 facadas, em Salvador, na Bahia, depois de uma discussão política em que afirmou ter votado no PT. O autor do crime foi já detido.

Nessa mesma noite, uma jovem de 19 anos foi esfaqueada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, por vestir uma camisola onde estava escrito #ELENÃO e usar uma mochila com um autocolante LGBTI. Os atacantes desenharam um símbolo semelhante a uma suástica [o desenho estava ao contrário] na sua barriga.

Os incidentes não são únicos. A Agência Pública, em parceria com a Open Knowledge Brasil, investigou dezenas de ataques ocorridos desde o dia 30 de setembro, e concluiu que a contagem vai em pelo menos 70, sendo que 50 deles foram feitos por assumidos apoiantes do candidato do PSL (…).

Ricardo Esteves Ribeiro, in Fumaça.

Playlist para o verão

A Sara está no Brasil, por motivos profissionais, e há uns tempos preparou uma playlist tropical para a página Sunday Morning. Nada melhor para acompanhar os dias quentes que, à partida, vamos ter nos próximos tempos. Pelo menos teoricamente, uma vez que o verão está oficialmente aí à porta.

“A segunda edição do Sunday Morning é 100% brasileira. O intuito era fugir do Brasil do cliché, da bossa nova, MPB, chorinho e que tais. Que bom cliché, né? Fossem todos assim… Mas o objetivo era mesmo ir a um Brasil recente, jovem até. Estes 40 minutos de música passam por vários pontos do país. A viagem começa em Curitiba com Lemoskine de Rodrigo Lemos (que teve tour em Portugal no mês passado). Passámos em São Paulo com O Terno, The Outs e Maglore. Fazemos uma pequena paragem em Goiânia com os já veteranos Boogarins, turistamos ainda pela “Cidade Maravilhosa” com Os Dentes e o menino coqueluche do MPB Castello Branco. Acabamos onde tudo começou – Curitiba – com Pietro Domiciano e com uma ode ao progresso (ou regresso) do Brasil de hoje. No meio da viagem há também espaço para os (infelizmente) extintos em 2015 Simonami. Boa manhã de domingo num Brasil ainda a dormir!”